O dia em que choveu elefantes cor de rosa
Era um dia como outro qualquer. Ou pelo menos seria, se não estivesse chovendo elefantes cor de rosa.
Na rua uma menina gritava loucamente: "Está chovendo elefantes cor de rosa!". Os outros olhavam para ela assustados.
"Pobre louca" Pensavam todos. Seria a loucura realmente um sofrimento?
Ela parecia se divertir. Por que não tentar também?
Logo foram todos às ruas com seus gigantescos aparelhos de televisão portátil sutilmente equilibrados para celebrarem esse tão belo dia.
Então começou a chover. Todos entraram deprimidos. "A chuva estraga tudo..." resmungavam eles.
Tinha tudo para ser um dia tão promissor, e mesmo assim, ficaram a ver navios.
Literalmente, já que a chuva se revelou um tremendo e catastrófico dilúvio que dizimou toda a população de loucos daquele esquecido asilo.
Estavam num asilo? Ele não se lembrava. Talvez fosse a idade. Ou não. O que estava fazendo mesmo?
Ah sim, como poderia ter esquecido? Torradas. Adorava torradas. Nada como torradas para alegrar uma manhã sombria e chuvosa como aquela.
Pois então, foi comer torradas. Mas, na cozinha, não encontrou a geléia de morango que tanto amava. Só havia geléia de pêssego.
Desespero. Dor. Sofrimento. Quem havia acabado com a maldita geléia? Munido de banheira e torradeira, foi ao encontro do seu torturador.
Já ate imaginava quem era. Aquela velha enrugada que morava no quarto 103. Aquela bruxa! Sempre comia sua geléia. Ia por um ponto final nisso agora mesmo.
Chegou e bateu a porta da casa dela. Silêncio. Além de tudo aquela desgraçada estava se escondendo? Com um só golpe pôs a porta abaixo, apenas para cair no imenso Vazio.
O que é que estava fazendo? Brigando por um mísero pote de geléia? Olha só até onde se rebaixara... Agora estava tudo escuro.
Por um segundo, ouviu uma risada. Maldita bruxa! Foi só então que se lembrou de abrir seus olhos e erguer-se do chão. E lá estava ela, bem diante de seus olhos.
Ela... Ela estava usando um chapéu de bruxa? E... Com uma ARANHA em cima? Não, não, não, odiava aranhas! Como ia se defender? Estava perdido... Todo seu esforço servira para nada. E ainda não comera sua torrada com geléia.
Ela estava se curvando em sua direção... Já podia até mesmo sentir aquele hálito rançoso invadindo suas narinas, a aranha a milímetros de sua testa. E quando tudo parecia perdido, caiu um elefante cor de rosa exatamente em cima da bruxa. A salvação em forma de paquiderme com cores duvidosas.
"Cor de rosa! Meu salvador é cor de rosa!" gritou o velho exaltado. Saiu para as ruas ainda gritando "Um elefante cor de rosa!". As pessoas olharam para ele assustadas.
"De novo não", pensavam. Morrer duas vezes em um dilúvio no mesmo dia era realmente desgastante.
Créditos ao meu namorado Kaká que me ajudou a escrever esse texto.
Na rua uma menina gritava loucamente: "Está chovendo elefantes cor de rosa!". Os outros olhavam para ela assustados.
"Pobre louca" Pensavam todos. Seria a loucura realmente um sofrimento?
Ela parecia se divertir. Por que não tentar também?
Logo foram todos às ruas com seus gigantescos aparelhos de televisão portátil sutilmente equilibrados para celebrarem esse tão belo dia.
Então começou a chover. Todos entraram deprimidos. "A chuva estraga tudo..." resmungavam eles.
Tinha tudo para ser um dia tão promissor, e mesmo assim, ficaram a ver navios.
Literalmente, já que a chuva se revelou um tremendo e catastrófico dilúvio que dizimou toda a população de loucos daquele esquecido asilo.
Estavam num asilo? Ele não se lembrava. Talvez fosse a idade. Ou não. O que estava fazendo mesmo?
Ah sim, como poderia ter esquecido? Torradas. Adorava torradas. Nada como torradas para alegrar uma manhã sombria e chuvosa como aquela.
Pois então, foi comer torradas. Mas, na cozinha, não encontrou a geléia de morango que tanto amava. Só havia geléia de pêssego.
Desespero. Dor. Sofrimento. Quem havia acabado com a maldita geléia? Munido de banheira e torradeira, foi ao encontro do seu torturador.
Já ate imaginava quem era. Aquela velha enrugada que morava no quarto 103. Aquela bruxa! Sempre comia sua geléia. Ia por um ponto final nisso agora mesmo.
Chegou e bateu a porta da casa dela. Silêncio. Além de tudo aquela desgraçada estava se escondendo? Com um só golpe pôs a porta abaixo, apenas para cair no imenso Vazio.
O que é que estava fazendo? Brigando por um mísero pote de geléia? Olha só até onde se rebaixara... Agora estava tudo escuro.
Por um segundo, ouviu uma risada. Maldita bruxa! Foi só então que se lembrou de abrir seus olhos e erguer-se do chão. E lá estava ela, bem diante de seus olhos.
Ela... Ela estava usando um chapéu de bruxa? E... Com uma ARANHA em cima? Não, não, não, odiava aranhas! Como ia se defender? Estava perdido... Todo seu esforço servira para nada. E ainda não comera sua torrada com geléia.
Ela estava se curvando em sua direção... Já podia até mesmo sentir aquele hálito rançoso invadindo suas narinas, a aranha a milímetros de sua testa. E quando tudo parecia perdido, caiu um elefante cor de rosa exatamente em cima da bruxa. A salvação em forma de paquiderme com cores duvidosas.
"Cor de rosa! Meu salvador é cor de rosa!" gritou o velho exaltado. Saiu para as ruas ainda gritando "Um elefante cor de rosa!". As pessoas olharam para ele assustadas.
"De novo não", pensavam. Morrer duas vezes em um dilúvio no mesmo dia era realmente desgastante.
Créditos ao meu namorado Kaká que me ajudou a escrever esse texto.
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