Parece rachada, porta esfolada,
Palavras em vermelho rabiscadas.
Reina a penumbra, frio de tumba,
Mas não temas que esta estrutura sucumba.
Esta é tua terra, esta é tua sina,
O bloco de concreto onde tu habitas.
É frio, e por garras marcado,
Repousa aqui teu sonho inacabado.
Se deseja luz, trate de sumir,
Se quer mais tempo, não há mais como fugir.
Abandone a esperança de um olhar casto,
Agora tu és teu próprio carrasco.
Cruze os braços, controle a euforia.
O velho esfarrapado será tua companhia.
Tu, resto de pó, espelho trincado de agonia,
Bem vindo à tua nova e eterna moradia.
sei que a postagem é antiga, mas o comentário ainda vale não é minha amiga?
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