Invejável
Um vulto se aproximou do pico nebuloso. A criatura abriu as asas orgulhosa, chacoalhou o corpo para afastar a neve. Tudo reinava no mais completo silêncio, desde a montanha gelada até a paisagem kilômetros e kilômetros abaixo dela.
Então um grito cortou o ar, rasgou a corrente gelada, e quebrou o calar do horizonte. O animal mirou todo o território, impossível saber o que ele pensava. Ou se sequer pensava. Podia ser apenas um instinto, uma tendência de sua espécie. Mas naquela hora, em meio do branco emoldurado no azul, parecia o ser mais inteligente e magnífico existente.
Logo todos os músculos trabalharam, as articulações se dobraram, e as pernas fortes deram o impulso. Lançou-se ao ar, gabando-se de todo o resto. O céu era seu, somente seu, e a paisagem logo abaixo também. Moveu as asas para impelir-se mais para o alto, e depois planou aproveitando uma corrente de ar.
Asas abertas, penas balançando com o vento, triunfante. A águia estava onde deveria estar, em seu lugar. Não eram necessárias reflexões, pressões mundanas, ou regras sem sentido. O animal voava por simplesmente voar, por essa ser sua natureza, e por assim sentir-se bem. Criatura livre, espontânea e radiante.
Os homens que a invejassem! Chegara mais alto do que qualquer outro. Era um Deus! Acima, apenas o azul do céu, sem nuvens. Abaixo, uma floresta de pinheiros decorada com a brancura da neve. E a frente... Bem, o que ela quisesse. Sem rumo, sem obrigações, poderia viajar para onde bem entendesse.
Cada movimento a movia com mais velocidade, as penas pontiagudas do final das asas jaziam abertas, tornando-a ainda mais sublime e ufana de sua capacidade de voar. Não sabia o que a aguardava, muito menos seu rumo ou destino. Apenas voava. Para frente, sempre, crédula de sua força. Deslumbrante. Poderosa. Invejável.
Então um grito cortou o ar, rasgou a corrente gelada, e quebrou o calar do horizonte. O animal mirou todo o território, impossível saber o que ele pensava. Ou se sequer pensava. Podia ser apenas um instinto, uma tendência de sua espécie. Mas naquela hora, em meio do branco emoldurado no azul, parecia o ser mais inteligente e magnífico existente.
Logo todos os músculos trabalharam, as articulações se dobraram, e as pernas fortes deram o impulso. Lançou-se ao ar, gabando-se de todo o resto. O céu era seu, somente seu, e a paisagem logo abaixo também. Moveu as asas para impelir-se mais para o alto, e depois planou aproveitando uma corrente de ar.
Asas abertas, penas balançando com o vento, triunfante. A águia estava onde deveria estar, em seu lugar. Não eram necessárias reflexões, pressões mundanas, ou regras sem sentido. O animal voava por simplesmente voar, por essa ser sua natureza, e por assim sentir-se bem. Criatura livre, espontânea e radiante.
Os homens que a invejassem! Chegara mais alto do que qualquer outro. Era um Deus! Acima, apenas o azul do céu, sem nuvens. Abaixo, uma floresta de pinheiros decorada com a brancura da neve. E a frente... Bem, o que ela quisesse. Sem rumo, sem obrigações, poderia viajar para onde bem entendesse.
Cada movimento a movia com mais velocidade, as penas pontiagudas do final das asas jaziam abertas, tornando-a ainda mais sublime e ufana de sua capacidade de voar. Não sabia o que a aguardava, muito menos seu rumo ou destino. Apenas voava. Para frente, sempre, crédula de sua força. Deslumbrante. Poderosa. Invejável.
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